Construído por Vespasiano entre os anos 68 d.C. – 79 d.C., o Coliseu, também conhecido como Anfiteatro Flaviano, deve seu nome à expressão latina Colosseum, devido à estátua colossal de Nero, que ficava próximo a edificação. Localizado no centro de Roma, era capaz de comportar 90.000 pessoas, abrigadas em seus quatro andares, e destacava-se por seu volume e relevo arquitetônico, considerados inovadores para a época. O Coliseu contemplava uma arena permanente utilizada para combates entre gladiadores, lutas de animais, execuções públicas e demais entretenimentos e espetáculos em massa. A arena possuía um piso de madeira, coberto de areia para a absorção do sangue que era espalhado sobre o palco da batalha. Símbolo do Império Romano, o Coliseu era usado por Vespasiano para estabelecer a política do pão e circo, que provia pão e diversão gratuita ao povo com o objetivo de amenizar a insatisfação popular contra os governantes. A problemática desta política é que ela gerava um custo elevado para o governo, aumentando os impostos e aumentando a necessidade de mais diversão para diminuir a pressão e insatisfação pública, criando assim um círculo vicioso.
Você já parou pra pensar no paralelo existente entre o UFC Rio e o “UFC Roma” da antiguidade? Nos dois “eventos” podemos encontrar similaridades. Enquanto no UFC Roma o palco dos combates, símbolo da desvalorização humana, é chamado de Arena; no UFC Rio, o símbolo da degradação humana em detrimento à diversão é chamado de Octógono. Em ambos os casos, parece inevitável que o chão da arena de combate seja abundantemente demarcado com o sangue dos combatentes. No “UFC Roma” podemos vislumbrar dois inocentes: a fera, que devido à fome é instintivamente levada a devorar sua vítima e o combatente, que inutilmente tenta defender-se. No UFC Rio temos dois culpados; plenamente conscientes de suas funções e objetivos dentro da luta, que voluntariamente aceitam o desafio de vencer o adversário a qualquer custo. Tanto no “UFC Roma” como no UFC Rio, o público expectante, eufórico, num misto de medo e hipnose frente à tamanha violência, é essencial para o sucesso do espetáculo. Talvez você me considere um fanático e sensacionalista, afinal, o Boxe já existe há tanto tempo e, aparentemente, as pessoas nunca viram este tipo de luta como um “sinal do tempo do fim”. A violência sempre existiu; as artes marciais também. Então qual o problema em tudo isso? Está na habilidade de satanás em nos acostumar ao longo dos anos, talvez décadas, com aquilo que deveria nos assombrar. O diabo não tem pressa, ele sabe esperar o tempo certo para a mudança de mentalidade e a inevitável inversão dos valores. Olha o que diz o profeta Isaías: "Ai dos que chamam ao mal bem e ao bem, mal, que fazem das trevas luz e da luz, trevas, do amargo, doce e do doce, amargo" (Isaías 5:20). Parece que o profeta Isaías anteviu a nossa decadência moral e espiritual. Mas ele dá a solução divina para o mal e nos fala sobre o tipo de comportamento que deve ter aquele que almeja a eternidade: “O que anda em justiça, e o que fala com retidão; o que rejeita o ganho da opressão, o que sacode das suas mãos todo o presente; o que tapa os seus ouvidos para não ouvir falar de derramamento de sangue e fecha os seus olhos para não ver o mal” (Isaías 33:15).
Então, da próxima vez que você for tentado a assistir ao espetáculo do “pão e circo”, lembre-se do Santo Lugar para o qual você está se preparando e medite novamente no conselho do Senhor: “Nunca mais se ouvirá de violência na tua terra, de desolação ou ruínas, nos teus limites; mas aos teus muros chamarás Salvação, e às tuas portas, Louvor” (Isaías 60:18).
Muito bom! Tenho visto muitos jovens ADVENTISTAS se enveredarem para esses tipos de distração espiritual...
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