Eu ando meio preocupado esses dias com relação a música, tanto a que ouvimos, como as que tocamos ou produzimos. Essa é umas das armas principais de satanás, já que era ele o maestro do céu.
Essa semana comecarei a postar uma série sobre música, mais específicamente sobre o Rock na igreja e na vida do Cristão. Leiam com calma e meditem no conteúdo pois isso não tem como objetivo proibír você de ouvir rock, mas sim abrir sua mente para os enganos que são produzidos por ele.
Deus vos abençõe!
A Música Rock Cristã na Igreja Adventista
Lloyd Grolimund
Diretor de Jovens da Conferencia Norte da Nova Zelândia
(com alterações editoriais por Samuele Bacchiocchi)
Provavelmente não exista assunto mais fortemente emocional na Igreja Adventista hoje do que a música. A capacidade que ela tem de acirrar os ânimos e elevar a pressão sanguínea é inquestionável, e estas tensões não estão necessariamente divididas ao longo das linhas de idade, gênero ou raça. O assunto é tão profundo que algumas igrejas têm se divido sobre este assunto e deixado de adorar em comunhão. Embora os protagonistas neste argumento afirmem que suas diferenças sejam sobre a expectativa de adoração, quando a cortina é descerrada, invariavelmente ela é sobre a música. Especificamente, a questão é: usar ou não usar a música rock!
Na última década e meia uma nova onda de música, conhecida de forma genérica como “rock cristão”, chegou à porta de entrada da Igreja Adventista. Esta música tem uma batida insolente, alta e arrojada, e não hesita em anunciar sua presença à igreja. O impacto desta música tem sido profundo e, talvez, duradouro. Enquanto alguns consideram que o rock cristão seja um flagelo para a igreja e mesmo mais um sinal do fim dos tempos, outros louvam a Deus porque pelo menos foi encontrado um recurso para comunicar a mensagem de Jesus a uma geração moderna.
Uma Definição de Música Rock
Talvez o problema comece quando tentamos definir o que é “rock cristão”. Isto é, provavelmente, tão difícil quanto tentarmos encontrar uma definição adequada para a própria música rock. “Ninguém tem uma definição satisfatória para a música rock”.1 A música rock é um termo genérico, que abrange uma gama diferente de estilos musicais. Isto inclui heavy metal, acid, techno, reggae, punk, rap, jungle, soft rock e hard rock, só para mencionar uns poucos exemplos daquilo que a sociedade considera como música rock.
No entanto, devemos tentar encontrar uma definição, a fim de dar ao leitor alguma indicação da música que está sendo discutida. Neste artigo, o que é chamado de música “Rock Cristã” terá algumas e normalmente todas das seguintes características:
- Repetição – Música que se caracteriza pela repetição de acordes padronizados, palavras, batida, ritmo e é escrita usando uma quantidade restrita de notas.
- Batida Condutora – A música é conduzida por uma batida pesada e repetitiva.
- Decibéis – Uma música que é dominada pelo elemento de volume.
- Impacto – O impacto desta música é principalmente seu som e ritmo, e não suas palavras.2
Cada uma dessas características está presente na maioria da música rock secular.
O que distingue o “rock cristão” do rock secular não é a música, mas sim as palavras. Os outros elementos devem estar presentes ou a música de ambos os gêneros simplesmente não poderia ser música rock.
Os defensores do “rock cristão” citam seu uso freqüente e aceitação pela igreja como evidência de sua qualidade. Porém, a música rock “não é boa porque está sendo apresentada num contexto ‘religioso’, da mesma forma que a música rock não é ruim porque está sendo executada dentro de um contexto ‘secular’. A música rock deve ser julgada não pelo seu contexto, mas sim pelo seu conteúdo. Lindas flores podem ser encontradas num deserto poeirento e plantas venenosas num adorável jardim”.3 Portanto, para solucionarmos corretamente a questão do “rock cristão” na Igreja Adventista, devemos que julgá-lo pelo que ele é, ao invés de onde ele está sendo tocado, ou seja, numa igreja ou numa boate.
Observando o Rock Secular
As Raízes do Rock Secular
Para chegarmos a uma conclusão equilibrada sobre este assunto é necessário entendermos as raízes do “rock cristão”. Geralmente se reconhece que a música rock traça o início de seu desenvolvimento até a cultura dos escravos da África Ocidental do século XV. Da África, ela foi transportada às Índias Ocidentais em navios negreiros. Os instrumentos primitivos dos escravos foram substituídos por trompetes, pianos e baterias. Juntos com a influência ocidental das baladas, quadrilhas, danças espanholas e música country, o rock desenvolveu-se como uma nova forma própria de música. Depois da Segunda Guerra Mundial, veio Bill Haley com “Rock Around the Clock” seguido por Elvis Presley com “Love Me Tender”.4 O rock saltou sobre o Atlântico e voltou à América na forma dos Beatles. A revolução começou.
Hoje a música rock está em todo lugar. Seu som pode ser ouvido nas rádios, televisão, em shopping centers e bares, nas partidas de futebol, cinemas, clubes e, claro, na igreja. Nenhum deles torna a música rock boa ou má. Lembrem-se, devemos julgar a música rock pelo seu impacto sobre a vida de seus compositores, intérpretes e ouvintes.
O Impacto da Música Rock
“Não pode haver nenhuma dúvida de que desde o megastar Jimi Hendrix (que proclamava ter dormido com umas 1000 mulheres) em diante, muitos de seus principais artistas cometeram adultério, fornicação, lesbianismo, homossexualismo ou alguma outra forma de perversão sexual em seu modo de vida.” 5 Elton John, que cantou no funeral da princesa Diana, disse uma vez: “Não há nada de errado em ir para cama com alguém de seu próprio sexo. Eu acho que as pessoas deveriam ser muito livres com relação ao sexo”. 6
Os artistas de rock não são os únicos músicos conhecidos por seu comportamento questionável. “Tchaikovsky não era nenhum modelo de virtuosa perfeição, Chopin tinha a reputação de mulherengo, Mahler dificilmente seria irrepreensível e Mozart não era exatamente um porto de santidade. Quanto a Wagner, é descrito como grosseiramente imoral, egoísta, adúltero, arrogante, freneticamente hedonista, violentamente racista e ... um ladrão!” 7 Estes exemplos ilustram como necessitamos ser cuidadosos em condenar a música somente por causa do estilo de vida e comportamento de seus criadores e artistas.
As influências satânicas do ocultismo certamente estão presentes na música rock a partir do início de seu desenvolvimento. Do AC/DC a Michael Jackson e em bandas como Rolling Stones, Oasis, Prodigy, Nirvana, e Marilyn Manson, a tônica do ocultismo está evidente para quem quiser ver. Capas de álbuns, letras e música declaram, de forma ousada, a associação de muitos músicos de rock com as trevas do submundo.
Juntamente com o ocultismo, as drogas têm assumido um papel importante nas vidas dos músicos de rock e no desenvolvimento de sua música. Um empresário de um dos principais grupos de rock declara: “Não importa o que lhe digam, as drogas sempre serão uma parte do cenário do rock.”.8 A trágica lista daqueles que morreram como resultado ao uso de drogas na indústria do rock é impressionante – Jimi Hendrix, Jim Morrison, Keith Moon e Sid Viscous, Kurt Cobain do Nirvana, para citar apenas alguns. Isto é mais do que suficiente para correlacionar o enorme crescimento no uso de drogas por jovens com a emergência da música rock como fenômeno cultural.
A violência também é proeminente nas vidas e na música de muitos roqueiros. Os gangsta rappers, que vieram das ruas de algumas grandes cidades americanas, estão se tornando cada vez mais populares. Suas canções defendem a morte, o estupro e a violência. A pessoa só tem que pegar um álbum do cantor de rap Snoop Dog para ver que o que estes músicos proclamam é violência chocante de uma natureza gráfica que quase não se ouvia falar até o advento de sua forma de música. Coolio, Tupac e Will Smith são poucos exemplos da crescente emergência desta forma de música violenta.
Allan Lanier admite que a música rock carrega emoções violentas. “Existe uma porção de violência, uma porção de agressividade na música.” 9 Talvez este fator tenha algo a ver com um número extremamente elevado de roqueiros que foram recentemente assassinados de forma brutal – por tiros. Tupac, um cantor de rap, foi morto a tiros, em 1996, quando dirigia pelo subúrbio de sua residência. Ele morreu cravejado de balas – um cenário sobre o qual ele próprio havia cantado muitas vezes.
A violência freqüentemente acompanha os concertos de rock. Os comportamentos violentos inspirados pelos concertos de rock normalmente tornam seus participantes em máquinas, capazes de destruir milhões de dólares de recursos em poucos momentos, como se fossem tornados. Estes eventos destrutivos recebem ampla cobertura nacional na mídia. Se pelos seus frutos os conhecereis, então a destruição e desolação causada por muitos concertos de rock falam por si.
Notas
1. D.Jewel, The Popular Voice.
2. W.Shafer, Rock Music.
3. John Blanchard, Pop Goes the Gospel, p.28.
4. Ibid., p.13.
5. Ibid., pág. 33
6. Rolling Stone, 7 de outubro de 1976,
7. S. Lawhead, Rock Considered,
8. Circus, 17 de abril de 1979,
9. Super Rock, junho de 1997,
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